PAU D’ARCO – OPERAÇÃO CIDADE LIMPA MOSQUITO MORTO

Com a chegada da estação de chuvas e calor na maior parte do país, sempre aumentam as chances de ocorrer uma epidemia de dengue. Só o esforço coletivo pode conter o avanço do mosquito Aedes aegypti.
Desde 1986, todo ano é assim. A epidemia de dengue, que parece adormecida, controlada, reaparece com força à medida que o termômetro sobe e as chuvas caem no verão. A chuva traz de volta uma ameaça minúscula, mas não menos assustadora. Ela mede cerca de cinco milímetros e parece um pernilongo ordinário. Com a ajuda de uma lupa, vê-se um mosquito de cor escura rajado com listras brancas.
Altas temperaturas e chuvas abundantes fazem o paraíso do Aedes aegypti. São as condições ideais para o mosquito se reproduzir. A água que enche as represas é a mesma que se acumula em pneus velhos, garrafas e todo tipo de objeto jogado ao léu. É nela que as fêmeas fazem seu ninho. Quanto maior é o calor, mais rápido os ovos se transformam em larvas e, em seguida, em mosquitos. A chuva é o gatilho que dá início ao calvário de milhares de pessoas que são infectadas com o vírus no país.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E COMBATE
TOME A VACINA
EVITE O ACÚMULO DE ÁGUA
O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d’água e cisternas.
COLOQUE TELA NAS JANELAS
Colocar telas em portas e janelas ajuda a proteger sua família contra o mosquito da dengue.
COLOQUE AREIA NOS VASOS DE PLANTAS
O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne um criadouro de mosquitos.
SEJA CONSCIENTE COM SEU LIXO
Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Assim você garante que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.
COLOQUE DESINFETANTE NOS RALOS
Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de dengue devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu, sabão e água sanitária. Entretanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior. Nesse caso, o ideal é que ele seja fechado com uma tela ou que seja higienizado com desinfetante regularmente.
LIMPE AS CALHAS
Grandes reservatórios, como caixas d’água, são os criadouros mais produtivos de dengue, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.
PISCINAS E AQUÁRIOS
Piscinas pode se tornar foco de dengue – por isso, a atenção deve ser redobrada com a limpeza em épocas de surto. Já no caso dos aquários, peixes são grandes predadores de formas aquáticas de mosquitos.
USO DE INSETICIDAS E LARVICIDAS
Tanto os larvicidas quanto os inseticidas distribuídos aos estados e municípios pela Secretaria de Vigilância em Saúde têm eficácia comprovada, sendo preconizados por um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde.
Os larvicidas servem para matar as larvas do mosquito da dengue. São aqueles produtos em pó, ou granulado, que o agente de combate a dengue coloca nos ralos, caixas d’água, enfim, nos lugares onde há água parada que não pode ser eliminada.
Já os inseticidas são líquidos espalhados pelas máquinas de nebulização, que matam os insetos adultos enquanto estão voando, pela manhã e à tarde, porque o mosquito tem hábitos diurnos. O fumacê, como é chamado, não é aplicado indiscriminadamente, sendo utilizado somente quando existe a transmissão da dengue em surtos ou epidemias. Desse modo, a nebulização pode ser considerada um recurso extremo, porque é utilizada em um momento de alta transmissão, quando as ações preventivas de combate à dengue falharam ou não foram adotadas.
Algumas vezes, os mosquitos e larvas da dengue desenvolvem resistência aos produtos. Sempre que isso é detectado, o produto é imediatamente substituído por outro.
USO DE REPELENTE
O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método importante para se proteger contra a dengue. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Os repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência forte o suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo necessária diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.